Um vídeo da Praia de Armação de Pêra cheia de toalhas e guarda-sóis, mas sem pessoas, está a provocar reações de desagrado. A Junta de Freguesia explicou o caso ao JN.
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As imagens, captadas às 8 horas, mostram a praia de Armação de Pêra, em Silves, cheia de toalhas e guarda-sóis, com pouco espaço disponível. No entanto, não se vê uma única pessoa a tomar banhos de sol.
Nas redes sociais, os veraneantes já lhe chamam a "Praia Fantasma" e especulam sobre a ocupação da praia com aqueles materiais. "As pessoas deixam as suas coisas de um dia para o outro. Umas por facilitismo, outras por terem sempre o mesmo local ao pé do apartamento ou por egoísmo", escreveu, por exemplo, Rogério Madeira.
https://www.facebook.com/caracoiseimperiais/videos/10157271782145584/
Já outra utilizadora da praia apresenta uma outra fotografia, alegadamente tirada no ano passado, às 7.30 horas. O cenário é semelhante ao do vídeo. Várias toalhas e guarda-sóis, mas sem pessoas. "Chamei-lhe praia fantasma", diz Anabela Silva.
Os comentários seguem a mesma ordem e o vídeo já leva quase duas mil partilhas.
Contactado pelo JN, Ricardo Pinto, presidente da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, nega que as pessoas deixem os seus guarda-sóis ou as toalhas do dia para a noite.
"Há muita gente que quando vai comprar o pão para o pequeno-almoço deixa as coisas na praia. O mesmo acontece à hora de almoço, quando vão para casa, mas depois recolhem o material ao fim do dia", disse o responsável.
A Praia de Armação de Pêra tem dez unidades balneares concessionadas, sendo que três pertencem à Junta de Freguesia, que "ano após ano tem vindo a registar um aumento e visitantes".
"Armação de Pêra é uma zona segura e ninguém se importa de deixar aqui as coisas quando vai a casa almoçar", explicou Ricardo Pinto.
A falta de espaço na praia é mais visível no verão ou quando a maré sobe. No Plano de Ordenamento da Orla Costeira, que se encontra em revisão, os responsáveis locais apresentaram a proposta de "alimentar a Praia de Armação de Pêra de forma artificial", com mais areia, tal como acontece em outras zonas do país.
"Desenvolvemos várias intervenções nas nossas concessões e a falta de espaço é outro dos elementos que queremos melhorar", conclui o responsável.