A vereadora da CDU na Câmara do Porto, Ilda Figueiredo, questionou o presidente acerca da demolição de uma estrutura pré-fabricada, no parque de S. Roque, que servia de centro de convívio aos idosos da zona. O requerimento foi enviado a Rui Moreira nesta segunda-feira, após uma visita da vereadora ao local a pedido dos moradores.
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Ao JN, Ilda Figueiredo referiu que tenciona abordar a questão na primeira reunião do executivo municipal depois da Páscoa, agendada para o dia 19. Em causa está um pequeno pré-fabricado de madeira onde, ao longo dos últimos 20 anos, os idosos se encontravam para jogar cartas ou damas. O espaço não voltou a abrir depois da pandemia, uma vez que o parque está fechado por motivo de obras.
Não voltou a abrir e vai ser demolido. Augusto Lopes, que foi um dos promotores do abaixo-assinado que levou à criação daquele espaço, disse que a Câmara não informou ninguém sobre a demolição. "Não fomos tidos nem achados para nada", referiu durante a visita da vereadora, acrescentando que "é um desperdício o que vão fazer".
Questionada pelo JN, a Autarquia disse o contrário. "Contactados os seus utilizadores, constatou-se que o espaço já há muito tempo não é utilizado e não é necessário. Por acordo entre as partes, os serviços municipais entregaram e transportaram os pertences que estavam no espaço, na passada sexta-feira, e o equipamento será desativado", referiu-nos fonte da Câmara.
Augusto Lopes, que explora um café na Travessa das Antas, referiu ainda que a estrutura "está em bom estado" e que eram "as próprias pessoas a fazer a manutenção". Havia lá, inclusivamente, uma televisão, um aquecedor e vários jogos que eram usados pelos cerca de 30 idosos que frequentavam o local.
Além de questionar Rui Moreira acerca da demolição, Ilda Figueiredo pretende saber se a Câmara tenciona proporcionar aos idosos um outro espaço, um antigo centro ambiental, localizado no meio do parque.
"As obras de requalificação e de expansão do parque de S. Roque que estão a decorrer exigiram várias intervenções, tendo sido demolidos muros que permitem, assim, a criação de um novo espaço de fruição da população de cerca de dois hectares, anteriormente inacessível ao público", conclui a Câmara.