Presidente da Câmara de Albergaria quer investigação aos incêndios que estão a atingir o concelho

O autarca suspeita que os fogos que deflagraram esta quarta-feira em vários pontos de Albergaria-a-Velha tiveram origem em mão criminosa.

"À hora que começaram os fogos, às 4 horas e às 7 horas da manhã, as pessoas não andam a fazer queimadas na floresta e com esta dispersão, que obriga a que os desgraçados dos bombeiros tenham de andar de um lado para o outro, isto só pode ter mão criminosa. Não há outra explicação", disse à Lusa o presidente da Câmara.

João Agostinho apela, por isso, às autoridades para que "se ponham no terreno e rapidamente tentem apanhar os indivíduos que andam a fazer isto".

O presidente da Câmara, que se encontra no terreno desde bem cedo a acompanhar a evolução da situação, diz que as chamas chegaram a ameaçar algumas casas próximo da cidade.

"O fogo esteve mesmo nas traseiras das casas, na zona do Jogo e na zona de Açores, mas até ao momento, não há registo de danos materiais ou pessoais", afirmou.

Segundo o autarca, nesta altura, as chamas estão a aproximar-se novamente da malha urbana da cidade.

"Estou na cabeça de um fogo que está a chegar novamente à cidade, na zona do Jogo, que está extremamente complicado. Estão agora a chegar os meios aéreos. Vamos ver se a gente consegue controlar isto", adiantou.

Neste momento, há vários focos de incêndio a decorrer no concelho, nomeadamente em Açores, no Jogo, em Valmaior e Mouquim.

O autarca adiantou ainda que há "bastantes reacendimentos", o que obriga a uma dispersão dos meios e cria "problemas graves" para controlar a situação.

O incêndio que lavra numa zona de floresta em Mouquim, Albergaria-a-Velha, desde as 8.17 horas da manhã é, nesta altura, um dos casos que merece referência na página da Autoridade Nacional da Proteção Civil.

Este fogo com uma frente activa, está a ser combatido por 60 bombeiros, apoiados por 18 viaturas e dois meios aéreos.