O presidente do Automóvel Clube de Portugal afirmou esta quarta-feira que o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, só faz "asneira" no que toca à mobilidade na cidade e, como tal, devia sair da autarquia.
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"A cidade de Lisboa é liderada por um presidente e por um vice-presidente que têm uma obsessão, que nunca vão conseguir na vida, que é pôr todos os portugueses a andar de bicicleta. Tudo o que poderem destruir em mobilidade em Lisboa vão fazê-lo" disse esta quarta-feira Carlos Barbosa.
Em declarações à Lusa, o presidente do ACP disse que aqueles autarcas "não se lembram que esta é uma cidade com sete colinas" e "que a mobilidade que gostariam de ter não é possível".
Lamentou ainda que o vereador da mobilidade, Nunes da Silva, que "é um expert em mobilidade", não consiga trabalhar.
"O professor é respeitadíssimo lá fora e depois tem lá dois [presidente e vice-presidente] que não o deixam fazer nada. O que é que ele está lá a fazer? Venha-se embora", sublinhou.
Carlos Barbosa enumerou os 500 lugares de estacionamento que a câmara tirou da Avenida Duque D'Ávila para fazer uma ciclovia "que nunca ninguém vai utilizar" como uma das más opções da autarquia.
"Fizeram uma ciclovia em frente ao El Corte Inglês a subir a Marquês da Fronteira que eu gostava que qualquer um deles a subisse", acrescentou.
"O dinheiro que já é escasso para a mobilidade em Lisboa está a ser gasto de uma maneira completamente esbanjadora", afirmou.
Para o presidente do ACP, as duas medidas imediatas a serem tomadas para devolver a mobilidade a Lisboa seria: "mudar de presidente da câmara e deixar o professor Nunes da Silva trabalhar na cidade".
Carlos Barbosa ressalvou que o "Cais do Sodré está para ser mudado há dois anos" e que no Terreiro do Paço "ficou de se abrir duas faixas"."É asneira atrás de asneiras", afirmou.
O mesmo se passa com os radares em Lisboa, que há dois anos foram alvo de um estudo para serem reposicionados e "até agora nada"."É tudo mal feito e só vai piorar", acrescentou.
A Lusa contactou com o gabinete do presidente da Câmara de Lisboa que não quis fazer comentários.