Investimento de 13 milhões de euros para 294 quartos. Terá ginásio e espaços de estudo e lazer. Se forem os preços da Covilhã custará 350 euros/mês
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A cidade de Braga vai ter, a partir de setembro de 2023, uma residência universitária privada com 294 quartos, um investimento de 13 milhões de euros da empresa Maiar, SA . A construção começou há dias - após a emissão do alvará pelo vereador do Urbanismo, João Rodrigues - num terreno na Rua da Quinta da Armada, em São Vítor, a poucas centenas de metros do polo de Gualtar da Universidade do Minho (UMinho).
Os promotores, que operam sob a marca Andy/Coliving, não divulgam o custo mensal da renda, mas numa residência universitária que a firma tem a funcionar na Covilhã o valor é de 350 euros. O edifício terá seis pisos acima do solo e dois de cave. A maioria dos quartos é do tipo individual, mas haverá duplos e estúdios. O terreno tem 3100 metros quadrados, mas 969 deles serão cedidos ao município de Braga para zonas públicas.
É mais um projeto a juntar aos dois previstos em matéria de oferta residencial universitária em Braga.
Vinte a 30 empregos
Pedro Antunes, administrador da empresa, disse ontem ao JN que o projeto - do arquiteto Paulo Pires da Gama - irá criar entre 20 a 30 empregos fixos e alguns sazonais.
Nos pisos onde estão implantados os alojamentos, existem dois espaços destinados às funções de estadia e refeições.
Os espaços comuns implantados nos pisos inferiores incluem atividades e funções complementares aos alojamentos, nomeadamente ginásio, áreas lúdicas, de convívio, lazer, trabalho e estudo.
Complementarmente inclui um conjunto de serviços de apoio, nomeadamente lavandaria, arrumos e limpeza.
Terá ainda estacionamento para 21 automóveis e para 88 motas ou bicicletas.
A memória descritiva da obra, refere que a Câmara de Braga tem em curso um estudo de reconversão da Rua da Quinta da Armada, pelo que, e após uma reunião com os técnicos municipais, a proposta para as áreas abrangidas pelo espaço público fronteiro à futura Residência adotou o desenho urbano e requisitos de opções e materiais do projeto de requalificação da autarquia.
Segue-se Aveiro
O administrador da empresa revelou ainda ao Jornal de Notícias que depois de Braga a próxima residência universitária Andy/Coliving será construída em Aveiro. Pedro Antunes não quis adiantar para já mais pormenores sobre o projeto previsto para a cidade dos canais.
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Dois outros projetos para 800 camas
Há dois outros projetos em Braga para mais 800 camas. O que poderá acabar com a escassez de alojamento para estudantes quer da UMinho, quer da Universidade Católica e do polo do IPCA- Instituto Politécnico do Cávado e Ave. Ou seja, Braga ficaria com 1100 camas. Um dos projetos é o da antiga fábrica Confiança, que o Município cedeu à UMinho, tendo esta apresentado um projeto ao Plano de Recuperação e Resiliência(PRR), o qual passou à última fase de qualificação para financiamento. Terá 600 camas. O outro, para 170 quartos, em Santa Tecla, é da antiga Britalar. A Câmara deu-lhe o estatuto de PIP (Projeto de Interesse Público) mas ainda não avançou.