<p>Um empreiteiro fechou, esta quarta-feira, a zona onde estava previsto realizarem-se as feiras da Colectividades e o festival do Anho Assado, no fim do mês, alegando ser seu o terreno que a Câmara tem usado para estes eventos.</p>
Corpo do artigo
A GNR e a Polícia Municipal do Marco de Canaveses foram, chamadas, ontem, pela Câmara local à Quinta da Ordem (na zona nova da cidade) para desimpedir o acesso a um talude de estacionamento cuja titularidade não estará bem definida - se é pertença do domínio público ou se é terreno privado.
O espaço de estacionamento automóvel tem sido periodicamente ocupado pela Autarquia para ali realizar determinados eventos. Era o que iria acontecer no último fim-de-semana deste mês, com a Feira das Colectividades e Festival do Anho Assado. Porém, quando os funcionário municipais estavam a preparar-se para avançar com a empreitada de instalação dos stands, o alegado titular do terreno vedou-o com barreiras metálicas, sinalizadas com fitas vermelhas e brancas. Nem carros nem bancas da feira lá entraram hoje.
Após o curto diálogo com os juristas da Câmara, as forças de segurança acabaram por abandonar o local, até porque foi admitida a realização de uma reunião durante a tarde, na Câmara, entre o edil Manuel Moreira e a jurista da empresa. Ao final do dia, o autarca explicou ao JN que a reunião, "por dificuldades de agenda da advogada do empreiteiro, ficou adiada para amanhã (hoje) à tarde".
"Por agora, não temos mais nada a acrescentar. Vamos tentar resolver este assunto a bem, sendo certo que aquele espaço estava ao serviço público já há anos. Contudo, não vamos invadir nenhum espaço. Se não houver entendimento, teremos de encontrar outro local para realizar a Feira das Colectividades", acrescentou Manuel Moreira, recusando avançar com mais pormenores.
O terreno em causa é, originalmente, pertença do empreiteiro, cuja empresa actualmente se designa por Triagem.
Tanto quanto foi possível apurar, o empreiteiro aguardará, há cerca de 10 anos, o licenciamento de urbanização, com o objectivo de prolongar a urbanização já edificada nos terrenos da antiga Quinta da Ordem.
Em contrapartida, a zona de aparcamento seria cedida ao domínio público. Como a questão até agora não foi resolvida, o empreiteiro terá retaliado, fechando ao público aquele talude de estacionamento.
