Os professores do Agrupamento de Escolas de Paredes de Coura cumpriram as ordens da DREN de realizar o desfile de Carnaval com os alunos, mas descontentes, apareceram de negro amordaçados e com correntes nas mãos.
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Depois da perturbação dos últimos dias provocada pelo braço-de-ferro entre docentes e Direcção Regional de Educação do Norte, por causa da suspensão de algumas da actividades extracurriculares, entre elas o corso carnavalesco, Paredes de Coura acabou por viver o seu Carnaval escolar debaixo de holofotes.
Os professores levaram os alunos para a rua mascarados e fantasiados, e aproveitaram a presença da comunicação social para mostrar o seu descontentamento. "Resolvi trazer as correntes para mostrar que, afinal, há de novo 25 de Abril à vista. Vim de cara tapada mas a boca não está, felizmente, não a tapei de propósito para poder gritar aos quatro vento que ainda temos uma réstia de liberdade", declarou uma professora que sem se identificar deu a voz, ao contrário de outros colegas, entre eles a presidente do Conselho Executivo do agrupamento de escolas, Cecília Terleira, que compareceram amordaçados.
"Fomos obrigados a vir para aqui e pela obrigatoriedade temos de estar em luta, acho que no nosso agrupamento ainda há um pedagógico a funcionar muitíssimo bem, assim como um executivo, portanto, não há razão para obrigar um grupo de professores, depois de ter feito uma selecção de actividades, a vir para a rua", lamentava a mesma docente.
Nas ruas repletas de gente, estavam muitos pais, entre os quais o responsável pela associação que os representa e que, nos últimos dias, contestou a posição assumida pelos docentes. "Isto tomou proporções que nunca pensamos. Desejamos é o entendimento com os professores. A DREN tomou uma posição e pelos vistos os professores estão contrariados a fazer esta actividade, agora vamos ver o que é acontece nas próximas", comentou Eduardo Bastos, referindo ter solicitado uma reunião com o Conselho Executivo do agrupamento para procurar o entendimento".
Recorde-se que na origem da polémica esteve a suspensão de algumas actividades extracurriculares nas escolas de Coura, nomeadamente, o Carnaval, visitas de estudo e idas à praia com as crianças.