Progressão "assustadora e terrível" de infeções por covid-19 em São João da Madeira
"A progressão do vírus na nossa cidade tem sido assustadora e terrível" afirmou, esta tarde, o presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira. Jorge Sequeira diz que, a manter-se o atual nível de contágio, algumas atividades poderão ficar comprometidas.
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Na reunião do executivo, que decorre esta tarde através da Internet, o autarca lembrou os números de infeções neste município que faz parte da lista nacional de "risco extremo".
"A 1 de novembro, o concelho tinha confirmados 366 casos, ontem, 23 de novembro, registavam-se já 890", explicou Jorge Sequeira, referindo que os números "dizem bem da capacidade de progressão do vírus e da forma que o mesmo tem progredido em São João da Madeira". O autarca lembra que, "se o vírus continuar a progredir assim, obviamente que o funcionamento de algumas atividades poderá ficar comprometido, assim como a capacidade de resposta dos serviços de saúde e estruturas da Proteção Civil".
Deixou, por isso, um apelo aos sanjoanenses: "cumpram as regras de segurança de forma a que a nossa vida e saúde seja protegida e as atividades sociais e económicas fundamentais para a nossa subsistência não fiquem comprometidas".
Críticas da Oposição
O vereador da coligação PSD/CDS PP, Paulo Cavaleiro, reforçou que São João da Madeira "tem hoje números muito preocupantes e compete a todos fazer a sua parte".
Considerou que a autarquia deveria dar o exemplo, referindo que os trabalhadores de uma "empreitada da responsabilidade da Câmara [Requalificação da Praça Luís Ribeiro] encontravam-se a trabalhar no passado fim de semana, depois do horário [estabelecido pelo Governo para encerramento das diferentes atividades].
"Isto não é um bom exemplo e a Câmara tem de atuar junto das empreitadas e tem que haver alguma consequência em relação a esta matéria", afirmou Paulo Cavaleiro, reiterando que "não faz sentido que os trabalhadores de uma empreitada da Câmara estejam a trabalhar depois das 13 horas, quando as empresas e comerciantes tinham que estar fechados".
"Não tenho conhecimento disso. Vou averiguar essa matéria", respondeu Jorge Sequeira.