O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal promoveu um protesto junto ao Lidl de Gondomar – Dom Miguel, em S. Pedro da Cova, nesta segunda-feira. A contestação ao modelo de avaliações dos funcionários e a falta de segurança em muitos espaços da marca estiveram no centro dos protestos.
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Segundo o sindicato, a administração da empresa definiu uma nova política que avalia os trabalhadores por níveis e cujos resultados condicionam o aumento salarial. Esta medida reflete-se em "avaliações discriminatórias e com falta de transparência, por se basearem na opinião que a chefia tem de cada funcionário".
"Os trabalhadores que forem avaliados com nível 1 são convidados a sair. Acontece o mesmo aos que forem avaliados com nível 2 dois anos seguidos", explicou Marisa Ribeiro. A sindicalista assinala que "os trabalhadores estão a ser forçados a despedir-se". "Quando não tomam essa iniciativa, são-lhes aplicados processos disciplinares", acrescenta.
Por outro lado, é exigida a negociação do Contrato Coletivo de Trabalho e o reforço da equipa de vigilantes nos estabelecimentos da empresa, face ao "clima de medo dos trabalhadores". "Há episódios de insultos e até arremesso de objetos aos trabalhadores. Este é um problema alargado ao território nacional", afirma Marisa Ribeiro.
Segundo a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), "as lojas Lidl têm segurança apenas entre as 17 e as 21 horas". "Há pouco tempo, aconteceu uma tentativa de assalto à mão armada na loja de Mafamude, precisamente, durante a manhã", relatou.
De acordo com o sindicato, o Lidl justifica o número reduzido de vigilantes com a "falta de cumprimento dos orçamentos".
O JN tentou, sem êxito, ouvir os responsáveis do Lidl.