Os portões dos dois polos do agrupamento de escolas de Ponte da Barca estiveram fechados, esta quinta-feira, durante cera de uma hora, no âmbito de protesto contra a falta de funcionários naqueles estabelecimentos de ensino.
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A ação, promovida pela Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca (APPBarca) começou às 8 horas com o encerramento dos portões a cadeado, cortados às 9 horas pelos militares da GNR que acompanharam de perto a manifestação.
Em causa, segundo a APPBarca, está a falta de pessoal não docente naquele agrupamento, composto por dois polos, com quase milhar e meio de alunos, distribuídos pelos vários níveis de ensino desde o ensino pré-escolar ao secundário, e que distam cerca de 300 metros um do outro.
De acordo com aquela associação para os 1402 alunos estão destacados "cerca de 70 funcionários", quando, defendem, "o desejável, seria que existissem mais 30 funcionários".
"É essa a nossa reivindicação. Em anos anteriores existiam esses 30 tarefeiros no agrupamento mas que este ano não foram colocados. São necessários sobretudo para o acompanhamento das crianças do pré-escolar e primeiro ciclo. Os funcionários que existem não conseguem, por muito que se esforcem e dediquem, dar esse acompanhamento", afirmou Sónia Almeida, presidente da APPBarca.
A responsável reconheceu que o protesto, hoje realizado "peca por tardio", mas explicou que os pais "tentaram resolver as coisas diplomaticamente".
"Fizemos um manifesto onde reunimos mais de 700 assinaturas que enviamos para o Ministério da Educação e Ciência. Quando a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) nos respondeu, remeteu-nos para a legislação em vigor. Percebemos que não íamos conseguir resolver a situação e resolvemos juntar os pais e tentar com esta pressão resolver o problema", explicou.
Sónia Almeida adiantou que os pais "não estão interessados em saber quem tem que pagar a estes funcionários", apenas querem ver "o problema resolvido".
"Neste momento é-nos completamente indiferente saber é o MEC ou a Câmara. A APPBarca não consegue ter dinheiro para pagar a essas pessoas senão até tentaria resolver o problema dessa forma", adiantou.