Encarregados de Educação do Marco não querem a EB1 de Outeiro transformada em habitação social
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A Câmara do Marco de Canaveses admite transformar a EB1 e Jardim de Infância de Outeiro, na freguesia de Constance, em habitação social. O encerramento do estabelecimento de ensino, previsto acontecer no final do presente ano letivo, é contestado pela Associação de Pais, que esta segunda-feira foi à Assembleia Municipal criticar a decisão relativamente a uma escola que está em "excelentes condições", comprovam com fotografias.
O "histórico" de redução de alunos é o argumento usado pela autarquia para o encerramento, mas contestado pelos encarregados de educação. Atualmente estão 36 crianças matriculadas nesta escola. "Se no passado houve redução, também houve aumento, como é o caso atual", garantem. Para o novo ano letivo já não estão a ser aceites matrículas. Os alunos serão transferidos para a EB1 Ladário, em Fontelas, na mesma freguesia de Constance.
Os encarregados de educação acusam a autarquia de "manipular" a informação acerca da ordem de encerramento da EB1 de Constance, ao sacudir as culpas para Direção- Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), quando, no dizer de Vitor Silva, da Associação de Pais, há uma opção política por trás: "Transformar a escola em habitação social", com os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência.
A Câmara admite readaptar a Escola de Outeiro a habitação social porque "entre ter uma escola devoluta a degradar-se e fazer ali habitação social, claro que optamos pela habitação, tal como já estamos a fazer noutras escolas encerradas, respondeu Cristina Vieira, presidente da Câmara.
A autarca explicou que a estimativa demográfica, vertida na Carta Educativa aponta para que "de 2020/2021 até 2033/34 teríamos 2068 crianças a frequentar o pré-escolar, mas não. Vamos ter sim menos 35% de alunos. Não há escolas abertas sem alunos".
Os pais dizem ter recebido a garantia do Diretor Regional de Educação do Norte de que os receberá em reunião nos próximos dias.