O PSD de Caminha defende a "resolução imediata" do contrato relativo à construção e ao futuro arrendamento àquele município de um Centro de Exposições Transfronteiriço, com respetiva devolução dos 369 mil euros pagos antecipadamente ao promotor em 2020 pela Câmara socialista, então liderada por Miguel Alves.
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Em causa está o negócio protagonizado pelo ex-autarca socialista e que, nos próximos dois dias, promete dar azo a intenso debate a nível local. Hoje realiza-se a reunião do Executivo, a primeira após a demissão de Miguel Alves do cargo que ocupava no Governo e da renúncia à liderança da federação distrital socialista. Para o dia seguinte, à noite, está agendada uma assembleia municipal extraordinária, a pedido dos sociais-democratas, tendo o caso do centro de exposições como tema único.
Novas informações
Segundo Liliana Silva, vereadora e líder da Comissão Política Concelhia do PSD de Caminha, será na assembleia que o partido proporá a resolução do contrato e apresentará "novas informações" relativas ao caso. "Não há outra opção que não seja a resolução imediata do contrato. Aliás, já devia ter sido feita, assim como a câmara reaver os 300 mil, os 369 mil euros, que pagou a este promotor".
A social-democrata entende que o adiantamento já deveria ter sido devolvido, "uma vez que o objeto do contrato, Quinta do Corvo [para localização do centro], não foi vendido, não existe. O contrato está extinto por natureza". Para Liliana Silva, além deste "primeiro passo", é necessária uma discussão transparente acerca da importância ou não do centro, "se querem fazer, efetivamente, um novo contrato de arrendamento com este promotor".
Sobre os casos que envolvem Miguel Alves, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, o socialista Luís Nobre, considera que o socialista tomou a decisão certa ao afastar-se para defender a sua honra.