Com "a alma e a coragem poveira", "soltar amarras" rumo a um futuro de maior desenvolvimento e justiça social. "Sem obras de milhões para encher o olho", buscando soluções para os "problemas reais". Educação, dinâmica empresarial, transportes, habitação e sustentabilidade ambiental no topo das prioridades. São estas as grandes linhas mestras da candidatura de João Trocado. O economista de 40 anos será o cabeça de lista do PS na corrida à Câmara da Póvoa de Varzim e já começou a piscar o olho à esquerda.
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"Não posso aceitar que se continuem a fazer obras faraónicas de milhões em detrimento de prioridades básicas. É preciso uma mudança e é por isso que apresento a minha candidatura", afirmou, esta manhã, o também líder da concelhia socialista.
Move-o, garante, a mesma "vontade de servir, despedida de "partidarismos"" com que, nos últimos três anos à frente do PS local, se bateu pelo hospital - que ganhou obras e valências - ou pela desagregação das freguesias, onde ainda não perdeu a esperança de reverter o "erro" de 2013. "Quero devolver à terra onde nasci e sempre vivi tudo o que ela me deu e tudo o que ela me ensinou", frisa.
A educação, onde o parque escolar há muito que precisa de um olhar atento, e a dinâmica empresarial, num concelho "incapaz de atrair novos investimentos, capazes de gerar emprego qualificado, bem pago e seguro" são as duas razões que sempre o levaram à ação política local. Hoje, junta-lhe mais três prioridades: transportes - onde falta uma rede capaz, que ligue as freguesias à sede do concelho e ao metro -, habitação - que terá um programa de arrendamento acessível - e sustentabilidade ambiental.
A candidatura, frisa ainda, está "aberta a todos os que querem uma Póvoa com outras prioridades, independentemente das suas convicções ideológicas e afinidades partidárias" e, já agora, deixa um apelo à esquerda: só a unidade permitirá derrotar o PSD, há 32 anos no poder.
"Sendo o PS o principal partido da oposição, é a única [candidatura] que faz frente a candidatura do presidente da Câmara. É a única que tem hipóteses de o derrotar. É a mais forte e, portanto, a dispersão de votos pode prejudicar uma vontade de mudança. É minha obrigação lançar o repto para que haja uma comunhão de vontades e, se possível, uma conjunção de candidaturas", rematou.