"Temos estado a trabalhar no quadro, a ver como isto funciona. Com esta maravilha, podemos trabalhar muita coisa", elogiava a educadora Ró, que é Maria do Rosário Alves, e que esta sexta-feira de manhã explicava o ciclo do bicho da seda às crianças do pré-escolar da EB de Gueifães n.º1, com o auxílio de um dos 277 painéis interativos que a Câmara da Maia instalou nas salas das escolas do 1º ciclo e do pré-escolar do concelho.
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A aula serviria também para assinalar a conclusão do investimento municipal de meio milhão de euros na transição digital na Educação, que contemplou ainda a aquisição de 450 computadores. A aposta coloca o Município "na liderança" nesta área, vinca a vereadora da Educação, que assistiu à demonstração. "É uma forma diferente de estar na sala de aula", observa Emília Santos, que reforça a necessidade de "preparar os alunos para um mundo competitivo e global".
"O nosso objetivo é ajudar com um conjunto de instrumentos que humanizem a escola e garantam a possibilidade de os professores trabalharem e ensinarem de uma forma diferente e mais descontraída. Só através destes equipamentos digitais os alunos podem explorar", destaca a autarca, que contrapõe este método ao expositivo. "O professor passa a ser um coordenador da aprendizagem, não um transmissor de conhecimento", sublinha.
Aline Santos, que em 2015 foi a primeira professora da escola a utilizar tablets nas aulas, salienta que a utilização destes instrumentos "permitiu uma transformação pedagógica". E o balanço é positivo, avalia a docente, que hoje é coordenadora do estabelecimento. "Mudou o modo de dar aulas e fez com que os meus alunos se tornassem coautores do processo de aprendizagem. Os resultados são maravilhosos", conclui. Diante dos alunos do pré-escolar, Maria do Rosário Alves concordará: "Eles já sabem pesquisar no computador, e, quando não sabem uma coisa, já dizem: "professora, vamos investigar, vamos pesquisar"".
Com a filha, Ester, a frequentar o 1.º ano, Rita Castro também aplaude o processo de digitalização da sala de aula: "Acho muito bem, porque, na verdade, não podemos negar que o mundo está cada vez mais tecnológico. Estamos absorvidos pelas tecnologias; não podemos fugir delas".