Falta de informação, de horários, de paragens e falhas de serviço marcam operação da rede de transportes da Área Metropolitana. Mas há quem saúde a existência de mais autocarros.
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"Este vai para S. João da Madeira, vai?" - a ânsia de uma idosa esbarra no esclarecimento resignado de Patrícia Pereira, que acaba de falhar o autocarro das 15.30 horas com destino àquela cidade do distrito de Aveiro. "Agora, é só às cinco?", desanima a utente sénior dos transportes da rede Unir, que ao fim de quatro meses a percorrer quilómetros pela Área Metropolitana do Porto continuam a deixar pelo caminho um rasto de queixas dos utilizadores.
A falta de informação - sobre horários e carreiras - é uma das falhas apontadas pelos utentes da nova rede, a par da supressão de autocarros e alterações das paragens. "Se isto continua assim, daqui por uns tempos vou ter de vir [para o Porto] de carro", admite Patrícia Pereira, que vive em S. João da Madeira e, apesar de ter viatura própria, opta por fazer as deslocações entre as duas cidades em transportes públicos, de que é utente "há já 15 anos".