Na inocência dos 19 meses, Leandro não para de correr atrás do cão. Brincadeira feliz, pouco importada com a tarde abrasadora para os lados de Barrô, Resende, as noites de pesadelos da irmã Mariana, de nove anos, o luto que a mãe, Fernanda Costa, carrega, ou as lágrimas que a avó, Alice Feliciano, solta ali mesmo, vendo-o brincar.
Corpo do artigo
No largo da casa da mãe, onde Fernanda espera melhores dias, desfiam-se lamentos que duram há mais de dois meses, desde que, no dia 4 de abril, a pirotecnia Egas Sequeira, em Penajóia, Lamego, foi pelos ares e destroçou oito vidas, deixando quatro viúvas e sete crianças órfãs, duas delas de pai e mãe.