Quem quiser morar na casa mais antiga do Porto vai ter essa oportunidade. A Câmara está a recuperar a chamada Casa do Beco dos Redemoinhos ou Casa dos Alão de Morais, na Sé, datada da primeira metade do século XIV, para introduzi-la no mercado do arrendamento acessível.
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A intervenção está ser desenvolvida pela sociedade de reabilitação urbana Porto Vivo, de acordo com a estratégia municipal de revitalizar prédios devolutos para integração no mercado de arrendamento acessível. A intervenção representa um investimento superior a 360 mil euros e o imóvel deverá estar disponível a partir de dezembro do próximo ano.
"O projeto de intervenção prevê criar espaço de habitação, mas também de serviços. Para a vertente habitacional, será privilegiada a abertura dos espaços, promovendo a reabilitação da área útil e a iluminação natural e ventilação", explica a Câmara. "Quanto à solução arquitetónica para a parte alocada a serviços, a principal premissa foi a de tentar manter, tanto quanto possível, o existente. Nos casos que não for possível, a arquitetura será substituída por estruturas leves, de fácil reconversão e com recurso a materiais compatíveis", acrescenta.
A autarquia assegura que a operação no Beco dos Redemoinhos "pretende respeitar valores culturais provenientes do passado" e " dotar o Porto de soluções habitacionais qualificadas", dando "aos vindouros a oportunidade de conhecer a idiossincrasia da cidade". A casa mais antiga do Porto foi ocupada por membros do clero, mas também terá servido, ao longo do tempo, de "estrebaria, palheiro e residências de elementos menos eminentes da sociedade".