"Química" da UMinho saiu à rua para captar estudantes

Alunos, pais, docentes do ensino secundário, antigos licenciados e cidadãos comuns participaram, este sábado, em Braga, na iniciativa "A Química sai à rua", organizada pelo respetivo Departamento da Universidade do Minho (UMinho) para atrair novos estudantes, cujo número vem diminuindo.

O evento espalhou-se por quatro locais da cidade (Largo do Paço, Mercado, Coreto da Avenida Central e Claustros do Castelo) e foram feitas experiências sobre reações químicas como as da combustão, produção de hidrogénio, pigmentos naturais, efervescência (libertação de CO2) e lixívias.

"Procuramos mostrar ao público e aos potenciais alunos o que é a Química e quais as suas aplicações no dia a dia", disse ao JN a professora Dulce Geraldo.

A UMinho debate-se com decréscimo na procura do curso, o que também sucede em outras universidades nacionais e estrangeiras. "Os alunos acham que é um curso difícil, mas não o é, embora seja exigente", frisa a docente, acentuando que tem "muitas saídas profissionais em áreas como a indústria têxtil e alimentar, o ambiente, análises químicas, auditorias, indústria automóvel, controlo da qualidade, cosmética, desenvolvimento de fármacos, empreendedorismo, docência, investigação, petroquímica, polímeros e representação comercial".

Este sábado, nas diferentes bancas, houve experiências nos tradicionais tubinhos desta área científica, a cargo de estudantes recém-licenciados, que neles introduziam diferentes reagentes que iam mudando de propriedades e de cor.

Na banca do Largo do Paço falou-se dos "produtos naturais" dos sabões à cosmética, ou seja, da Química Orgânica, que recorre a compostos orgânicos isolados e purificados a partir de fontes naturais, à Química Medicinal. Ambas, explicaram as investigadoras, recorrem a plantas, que têm um grande número de componentes químicos. Na ocasião, houve um quizz, mediante utilização do telemóvel, com questões sobre experiências e as saídas profissionais dos licenciados em Química.