Falta de ligação à rede elétrica impede que equipamento da Universidade do Minho comece a funcionar.
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O Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos (I3Bs), abriu, pela primeira vez, as portas do seu novo edifício, o TERM Research Hub, para uma visita integrada na reunião da Câmara de Guimarães, descentralizada no Avepark. A obra está completa e equipada, e a inauguração chegou a ser anunciada para 24 de junho, mas continua sem acontecer por falta de ligação à rede elétrica.
O novo edifício, destinado à investigação de ponta em engenharia de tecidos e medicina regenerativa, implicou um investimento de 12 milhões de euros, integrado no roteiro nacional da Fundação para a Ciência e Tecnologia. O TERM Research Hub garantiu um financiamento de 9,2 milhões de euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, 1,6 milhões do Governo e 1,2 milhões do Município de Guimarães. De acordo com o presidente do I3Bs, Rui Reis, 50% da verba foi absorvida pela construção, 25% pelo equipamento e os outros 25% destinam-se a contratar investigadores.
EQUIPAMENTO PARADO
Desde maio que todo o investimento que está praticamente parado, uma vez que a estrutura, complementar à antiga sede do I3Bs, está por inaugurar, por falta de abastecimento de eletricidade.
O reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, afirma que a ligação foi "acautelada" e que o objetivo foi encontrar a "solução menos onerosa". Segundo o reitor da academia minhota, o problema resolve-se não com uma nova ligação à rede, mas sim através da "ligação ao edifício [atual] do I3Bs".
Acontece que as instalações onde I3Bs funciona, ainda pertencem ao PortusPark, uma rede de parques de ciência e tecnologia. Apesar de haver um contrato promessa de compra e venda, e de a UMinho afirmar que "os procedimentos conducentes à aquisição mencionada se encontram em desenvolvimento", para já, os dois edifícios têm diferentes proprietários.
Enquanto a situação burocrática não se resolve, investigadores que desenvolvem, por exemplo, novo tecido ósseo a partir de células estaminais obtidas do tecido adiposo, estão limitados. As salas isentas de contaminação por partículas em suspensão ou as salas escuras vão sendo usadas provisoriamente com eletricidade de obra. A grande maioria dos equipamentos continuam embalados.
O autarca de Guimarães e o presidente do I3Bs têm esperança de que o laboratório funcione ainda este ano.
13 países
Unidade dedicada à investigação
O I3Bs, com 150 a 200 investigadores, é a única unidade orgânica da Universidade do Minho dedicada apenas à investigação e lidera o Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, com 22 polos, em 13 países.