<p>Uma petição com 7350 assinaturas foi, ontem de manhã, entregue ao presidente da Assembleia da República pedindo uma resolução urgente para o problema da ponte rodoviária de Constância, encerrada ao tráfego desde o mês de Julho.</p>
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O encerramento do tabuleiro rodoviário naquela travessia sobre o Tejo dividiu o concelho de Constância ao meio, com os cerca de 3700 habitantes separados pelo rio e obrigados a que, para atravessar as duas margens para aceder a cuidados de saúde, educação e serviços, entre outros, tenham que fazer dezenas de quilómetros pelas pontes mais próximas, em Chamusca ou Abrantes, ou utilizar um pequeno barco municipal.
Em declarações à Lusa, a porta voz da Comissão de Utentes Unidos pela Ponte (CUUP) considerou que a interdição “inesperada” do trânsito na ponte sobre o rio Tejo decidida pela Rede Ferroviária Nacional (Refer), devido a razões de segurança, “está a atrofiar” o concelho, motivando uma “forte contestação da população devido à escassez de alternativas”.
Júlia Amorim afirmou que o objectivo da entrega da petição, que contou com 7350 assinaturas recolhidas entre 30 de Julho e 30 de Setembro, “é levar o assunto a discussão em sede de plenário de modo a que os partidos com assento parlamentar tomem posição definitiva sobre a matéria”.
A responsável referiu que a viagem foi “proveitosa”, tendo acrescentado que a delegação foi recebida por Jaime Gama, presidente da Assembleia da República e pelo presidente da Comissão das Obras Públicas.
Júlia Amorim afirmou ainda sair de Lisboa com “boas expectativas” relativamente a uma definição de resolução do problema, tendo referido que o assunto “tem merecido também grande atenção por parte de todos os grupos parlamentares”.
Na petição entregue a Jaime Gama pode ler-se que a ponte “é utilizada por mais de quatro mil utentes por dia, permite o acesso à A23, serve empresas e unidades militares” localizadas na região.