Arrancaram, esta segunda-feira, as obras de recuperação e valorização da Bacia Hidrográfica do Rio Ave em Famalicão. O projeto é financiado pelo Portugal 2020 em cerca de 1,2 milhões de euros e resulta de uma candidatura da Câmara de Famalicão em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
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Serão requalificados cerca de 20 quilómetros da Bacia Hidrográfica do Ave que abrangem os rios Pelhe e Guisande e o ribeiro de Peleco, em Ribeirão.
A valorização e requalificação passam pela renaturalização de ribeiras em espaço urbano, sobretudo com a estabilização do seu leito e das margens e a beneficiação de habitat para espécies ribeirinhas em domínio hídrico. Por outro lado, serão melhoradas as condições de escoamento e desobstruída a rede hidrográfica assim como tomadas medidas para a mitigação dos efeitos das cheias.
Segundo Mário Passos, presidente da Câmara de Famalicão serão plantadas "mais de 10 mil árvores" no âmbito desta renaturalização e no caso do rio Pelhe será feito um percurso pedonal da cidade até Lousado, onde vai desaguar.
Entretanto, em conjunto com a APA, a Autarquia está a trabalhar na possibilidade de ser criada uma patrulha de "guarda-rios" que possa acompanhar os cursos de água mais de perto. O autarca considera que a fiscalização é "fundamental" para manter a qualidade da água e das margens.
Já Pimenta Machado, vice-presidente da APA considera que com a valorização e renaturalização da Bacia Hidrográfica do Ave as pessoas serão "chamadas" aos rios e isso fará com que haja mais gente a "vigiar" e sensibilização da comunidade para a necessidade de não poluir os cursos de água.
A intervenção, que vai ficar concluída no próximo mês de novembro, vai atravessar zonas agrícolas e florestais, e aglomerados urbanos, com incidência nas freguesias de Ribeirão, Fradelos, Lousado, UF de Vila Nova de Famalicão e Calendário, UF de Esmeriz e Cabeçudos e UF de Arnoso e Sezures.