A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez anunciou, esta segunda-feira, que a recuperação da derrocada ocorrida em junho deste ano em Sistelo deverá avançar no terreno no início de 2022.
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A autarquia adiantou ainda que foi aprovado um protocolo de cooperação técnica a celebrar com a Agência Portuguesa do Ambiente, para apresentar uma candidatura ao Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020).
As obras, a serem executadas em duas fases, terão "uma duração de cerca de quatro meses", sendo o montante máximo elegível comparticipado de 1,45 milhões de euros".
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"O concurso público será lançado esta semana para a realização da primeira fase da intervenção, estimando-se que no início de 2022 os trabalhos comecem no terreno", acrescenta a Câmara, indicando que a APA irá prestar apoio técnico em várias vertentes, nomeadamente no âmbito "da estabilização de margens e beneficiação de habitat para espécies ribeirinhas em domínio hídrico, através da aplicação de soluções técnicas de engenharia natural".
A primeira fase da obra "prevê a recuperação da linha de água, com colocação de infraestruturas de drenagem das águas entre outros trabalhos". Posteriormente, "avançará a reconstituição da paisagem, desde o coberto vegetal até às estruturas de socalcos destruídas aquando do aluimento de terras, intervenção que terá o mesmo prazo de execução".
O aluimento de terras ocorreu no lugar da Igreja, Sistelo, no final de junho, e provocou uma "cratera com 100 metros de extensão, 12 de metros de largura e cerca de seis metros de profundidade".
Na altura, 31 pessoas foram retiradas de casa durante a noite, por precaução. Regressaram no dia seguinte, após especialistas terem considerado que estavam reunidas condições de segurança.