Investimentos de 30 milhões de euros em obras e o apoio às instituições, incluindo o socorro à população, poderão estar comprometidos se o Orçamento para 2019 for novamente chumbado pela Assembleia Municipal (AM).
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A garantia é dada pelo presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira, que dramatiza o discurso e apela ao "bom senso e responsabilidade" da Oposição.
A primeira versão do Orçamento, de 36 milhões de euros, foi rejeitada pela AM a 20 de dezembro e será novamente colocada a votação no próximo dia 26.
"A não aprovação do Orçamento, das autorizações prévias e do mapa do pessoal será um verdadeiro crime", afirmou, hoje, em conferência de Imprensa, Pinto Moreira.
O autarca apelou à "sensatez" e, "sentido de Estado" dos vogais e presidentes de junta com assento na AM, considerando que, "quem quiser tornar a Câmara praticamente ingovernável encontrará sempre justificações".
Lembra que estão em execução, ou em vias de execução, "projetos estruturantes para o concelho", com participação comunitária com valor global de 13 milhões de euros e que ficarão em causa.
Diz, ainda, que estão igualmente comprometidos "os apoios às instituições que terão a vida mais complicada" e, acrescentou, "em causa a segurança dos espinhenses", referindo-se à falta de verbas que se fará sentir, por exemplo, para as três equipas de socorro permanente dos bombeiros.
Reitera que obras como o novo quartel dos bombeiros, o estádio municipal, a renovação da rede de águas e a requalificação dos eixos viários urbanos, ficarão me causa.
O vice-presidente, Vicente Pinto, garantiu que o Executivo, "fez tudo como devia ser". "cumpriu com o estatuto da Oposição e ouviu todos os partidos e acolheu as suas propostas".
O responsável pela pasta económica do município, garante que não há problemas financeiros graves na autarquia, lembrando que a dívida passou de 50 milhões de euros em 2012, para 22 milhões de euros em 2018.
Também os pagamentos aos fornecedores, que em 2012 eram de 397 dias passaram, em 2018, a ser efetuados em nove dias.
Já as freguesias irão receber, com o novo Orçamento, mais 45% de verbas e mais competências.