Está aprovado o último apoio à Federação Académica do Porto que permitirá concluir as obras de requalificação de um edifício na Rua da Banharia a tempo de receber universitários no próximo ano letivo. Entretanto, a Câmara do Porto está a reavaliar um projeto já antigo, também para acolher estudantes, no Morro da Sé.
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O apoio à Federação Académica do Porto (FAP) para terminar as obras na futura residência universitária na Rua da Banharia, no Centro Histórico da cidade, foi aprovado esta segunda-feira, em reunião de Executivo, e, de acordo com a vereadora Catarina Araújo, "será possível concluir as obras até à abertura do próximo ano letivo e dar início ao processo de seleção dos estudantes a utilizar a residência".
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, justifica a demora da conclusão da obra com "determinadas patologias" do edifício que tinham de ser corrigidas, nomeadamente "portas que abriam para dentro e não para fora". "Este apoio permite que estas obras sejam realizadas e que esta residência seja inaugurada", assegurou o autarca.
Ilda Figueiredo, vereadora da CDU, aproveitou o tema para questionar o Executivo sobre um outro projeto, já antigo, no Morro da Sé. "Diz lá há 20 anos que é para ser uma residência de estudantes", nota.
Residência em regime de habitação acessível no Morro da Sé
De acordo com o vereador Pedro Baganha, estão a ser encontradas "algumas dificuldades na efetiva concretização do projeto". Isto porque, trata-se de "um conjunto de 22 propriedades que estão integradas numa área que é património da humanidade, e cuja reabilitação tem de ser feita tomando em consideração esses valores arquitetónicos". "São obras mais caras do que uma reabilitação normal", reforçou o autarca.
A hipótese de concessionar os imóveis a uma entidade privada colocaria os preços por cama num valor demasiado alto e a eventual candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) não é possível porque "não cobre nem de longe nem de perto o investimento necessário".
A Câmara do Porto está, por isso, a avaliar a possibilidade, "nestas 22 propriedades, existir um conjunto de apartamentos, de 'cohousing' ". Dessa forma, os edifícios já não teriam de estar "todos ligados fisicamente" e seria possível, de igual modo, "destinar esses fogos aos estudantes". No total, o número de camas estaria entre as 90 e as 100 e o investimento "nunca será inferior a 10 milhões de euros", mas "os projetos ainda não estão feitos".