A Câmara de Braga e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) assinaram, esta segunda-feira, um protocolo para dar continuidade aos trabalhos de renaturalização do rio Este. Nesta fase, as obras vão incidir na zona da lagoa do parque desportivo da Rodovia.
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A intervenção neste local tem um custo superior a 600 mil euros – com comparticipação de 400 mil da APA – e permitirá retirar o betão e valorizar a biodiversidade, à imagem do que já aconteceu junto ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL).
A intenção é que depois esse trabalho seja prolongado até à Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires, existindo já o “compromisso” da APA de financiar essa nova fase de trabalho com 1,4 milhões de euros através do Fundo Ambiental.
“No conjunto da intervenção estamos a falar de mais de dois milhões de euros de investimento só neste troço entre o INL e a Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires”, precisou o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, em declarações aos jornalistas, à margem da assinatura do protocolo.
O projeto prevê a substituição do revestimento do leito – fundo e margens – e a plantação de vegetação ribeirinha, requalificando o corredor fluvial e retirando a maior parte do betão existente. Segundo Ricardo Rio, “a obra deverá estar no terreno até meados” do próximo ano.
Intervenção exemplar
O Secretário de Estado do Ambiente disse que a renaturalização dos rios é uma “prioridade” para o Governo e apontou a intervenção já realizada no rio Este, em Braga, como “um exemplo” do que deve ser feito a nível nacional.
“Num pequeno troço junto ao INL já foi possível fazer a renaturalização deste rio, utilizando materiais como pedra e madeira. Deste então é claro o crescimento da fauna e da flora, além de uma melhor qualidade da água”, destacou Hugo Pires.
Segundo o governante, esta é uma intervenção igualmente importante para prevenir cheias e inundações, até porque aquela zona do rio Este “tem uma grande pressão urbana”, uma vez que vivem “cerca de 100 mil pessoas” nas imediações.