Rivalidade entre os ranchos do Monte e da Praça garante qualidade no São João de Vila do Conde
Os dois ranchos de Vila do Conde trabalham com afinco durante meses na construção dos carros alegóricos.
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Há cascatas, sardinha assada, martelinhos, carrosséis e milhares nas ruas, mas é na rivalidade entre os dois ranchos da cidade que está a alma popular, que torna o S. João de Vila do Conde “uma festa diferente”. Há os que trabalham há meses nos carros alegóricos e os que ensaiam, com afinco, músicas e coreografias. Tudo por “amor ao rancho, à terra e às tradições”. Hoje, a noitada do santo abre, às 22 horas, com as Marchas Luminosas do Monte e da Praça e são esperados milhares para ver.
“Um cantor pode trazer muita gente, mas a Praça e o Monte arrastam multidões!”, diz, sem hesitar, o presidente da Praça, Artur Bonfim. A cabeça há meses que só pensa no S. João. “É um bichinho. Está no sangue. Mal se ouve a música, a gente tem de vir”, atira Rui Maia, que dança ali há quase 40 anos. Quando a Marcha Luminosa arranca, enche o peito, levanta a cabeça e o arco e lá vai a cantar a plenos pulmões. “É um orgulho e uma emoção. É a alma genuína. Só sente quem é de Vila do Conde”.