O presidente da Câmara do Porto ausentou-se esta segunda-feira da sala onde decorria a reunião pública do Executivo quando chegou o momento da votação da proposta relacionada com a Via Nun"Álvares.
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Em causa estava a revogação da deliberação de 11 de abril e a aprovação da delimitação das unidades de execução do projeto.
A proposta acabou aprovada por unanimidade.
"Considero que a relevância desta operação não pode e não deve ser posta em causa ou manchada por qualquer polémica", referiu o autarca, a 19 de junho, reforçando que não cometeu "qualquer ilegalidade"ao ter votado o projeto, que desemboca na Avenida da Boavista, mesmo ao lado da sua moradia.
Recorde-se que, já em 2007, este mesmo projeto esteve em discussão pública, tendo contado com a pronúncia de Rui Moreira, à data, enquanto munícipe. Isto porque o traçado afetava uma parte da sua casa. "Motivo pelo qual fui considerado pela Câmara do Porto, e bem, como interessado direto naquele processo, tendo sido e convidado, por escrito, pelo então vereador do Urbanismo, para participar naquele procedimento", clarificou o autarca.
Na sequência dessa discussão pública, "o município redesenhou os limites" da área a urbanizar, onde se previa a criação da Via Nun'Álvares e, dessa forma, o imóvel de que Rui Moreira é proprietário ficou fora desse perímetro, "respeitando os limites da operação de loteamento realizada em 1975".
"Desde esta data, o meu imóvel deixou de estar abrangido" por esta operação, reiterou Rui Moreira, no final da reunião do Executivo do passado dia 17 de junho.
No dia 11 de abril, a Câmara aprovou a delimitação das unidades de execução da empreitada, que visa materializar uma via que já está pensada há mais de um século, entre a Praça do Império e a Avenida da Boavista.
A polémica sobre a participação de Rui Moreira na votação nasceu com uma notícia da revista "Sábado", segundo a qual o traçado proposto salvava "parte do terreno da casa e também do jardim arrendado pelo presidente da Câmara Municipal do Porto".

