Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, disse na manhã desta sexta-feira que "alguma coisa tinha de ser feita" em relação ao Coliseu, sala de espetáculos que vai ser concessionada a um privado. Mas também admitiu que a solução para a reabilitação do espaço, que há muito precisa de obras de fundo, poderia ser outra caso houvesse verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para esse efeito.
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O autarca falava aos jornalistas depois da apresentação pública da marca Bolhão, que decorreu no renovado mercado, cuja abertura está agendada para 15 de setembro. Rui Moreira afirmou que não há fundos comunitários para as obras do Coliseu, lembrando que o PRR só prevê, para o Porto, uma verba de um milhão de euros para o Museu Nacional de Soares dos Reis.
Por outro lado, lembrou que a concessão é "a solução original do Conselho da Cultura" da Câmara do Porto, que aprovou a medida, sem votos contra, a 21 de fevereiro de 2020. Acrescentou que todas as entidades envolvidas estão alinhadas nesse sentido: Associação dos Amigos do Coliseu do Porto, Câmara, Ministério da Cultura e Área Metropolitana do Porto.
"Ninguém vai acabar com a marca Coliseu", disse ainda, para acrescentar: "O que não vou é deixar que o Coliseu desapareça".
A propósito, foi anunciado durante a conversa com os jornalistas que a concessão foi também aprovada por unanimidade na reunião da direção da Associação dos Amigos do Coliseu que decorreu na manhã desta sexta-feira.
Rui Moreira acrescentou que a solução "não podia ser adiada" e que não fazia sentido lançar o concurso para a concessão durante a pandemia. Isso seria, pelas suas palavras, "um suicídio de gestão".