Maria Antónia Guerra de Pinho, a freira "Tona", como era carinhosamente tratada pela população foi, na tarde desta terça-feira, alvo de uma homenagem promovida pela Câmara de São João da Madeira e à qual se associou a paróquia.
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Uma placa evocativa da religiosa, assassinada há precisamente um ano, foi descerrada na homenagem que juntou duas dezenas de pessoas no Parque da Nossa Senhora dos Milagres, entre as quais o presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, e o Bispo Auxiliar do Porto, D. Vitorino Soares.
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D. Vitorino Soares lembrou que os acontecimentos que envolveram a morte da freira "serão sempre uma referência que nunca poderemos esquecer".
"Mais do que fazer memória desta mulher e religiosa é importante aprendermos com ela", referiu o Bispo Auxiliar.
Já o presidente da Câmara Municipal, Jorge Sequeira, afirmou que a freira "foi vítima de um crime brutal e violento que atingiu a ela e toda a comunidade sanjoanenses".
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A irmã Tona foi morta quando empreendia mais uma das suas ações solidárias, dando apoio moral e alguma atenção a um perigoso cadastrado da cidade. A oito de setembro de 2019, Alfredo Manuel da Silva Santos, de 44 anos, convenceu a freira a acompanha-lo a casa com o pretexto de se encontrar alcoolizado. Prendeu Tona no quarto, violando-a, mesmo depois de a ter matado. Foi condenado a 25 anos de cadeia e a uma indemnização à família de 120 mil euros pelo ato "bárbaro e repugnante" como descreveu o juiz Fernando Cardoso que presidiu ao julgamento.