O Centro Social Paroquial do Santíssimo Sacramento, no Porto, vai encerrar o jardim de infância e o centro de atividades de tempos livres em meados de julho, confirmou ao JN Joaquim Santos, responsável pela paróquia.
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A instituição, que foi fundada em 1942 e tem sede na Rua Monsenhor Fonseca Soares, está a passar por dificuldades financeiras e já tinha encerrado as valências de centro de convívio e centro de dia.
Em declarações ao JN, o padre Joaquim Santos, que está à frente da paróquia do Santíssimo Sacramento, referiu que o jardim infantil e o centro de atividades são uma "fonte de prejuízo continuada e incomportável" e que, de ano para ano, têm sido residuais as novas inscrições. Acrescentou que as duas valências têm, no seu conjunto, cerca de 100 crianças atualmente e que, dessas, "mais de 30 chegam ao fim do seu percurso" no ano letivo que está prestes a acabar.
O responsável referiu que a paróquia está a ajudar os pais no processo de transição para outra instituição, até setembro.
"Além das instituições das paróquias, tem havido muitas outras a fechar", sublinhou Joaquim Santos, atribuindo esse facto ao aumento da oferta no ensino público, o que faz com que muitos encarregados façam uma pré-inscrição no setor privado, mas depois mudem os filhos para o público sempre que têm vaga.
"Fechamos para estancar um prejuízo que é infindável e sem horizonte de resolução", sublinhou o pároco, acrescentando, ainda que num cálculo pouco rigoroso, que "400 mil euros não chegariam para pôr a instituição em ordem".
Segundo o responsável, com o fecho do jardim de infância e do centro de atividades de tempos livres há cerca de 15 funcionários que ficarão sem trabalho. A paróquia vai tentar reconduzir alguns para o serviço de apoio domiciliário e está a encontrar soluções para que os restantes sejam "indemnizados condignamente". Alguns estão já perto da idade da reforma.
O centro de convívio e o centro de dia não reabriram depois da pandemia, tendo sido arrendado o edifício onde funcionavam. Ainda assim, o montante das rendas não é suficiente para resolver os problemas. "Vamos acumulando despesas", insiste o padre. Joaquim Santos lembra que a instituição tentou alargar a valência de apoio domiciliário, mas a Segurança Social tarda em dar apoio. Por outro lado, tornou-se inviável a tentativa de associação a outra instituição.