O presidente da Assembleia Municipal do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, avançou, esta segunda-feira à noite, que a sessão pedida pelo movimento de Rui Moreira para debater a segurança na cidade do Porto, será marcada para o próximo dia 16.
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Em sessão de Assembleia Municipal do Porto, esta segunda-feira à noite, Sebastião Feyo de Azevedo, questionado pelo deputado da CDU, Rui Sá, revelou ter recebido "um pedido de uma reunião que não está no regimento, mas que nós chamamos de potestativa, sobre segurança na cidade do Porto".
"Tive hoje conhecimento dele. Tenho cinco dias para apreciar e para tomar a decisão de, nos 15 dias seguintes, marcar a sessão. Deverá ser, - já agora avanço -, daqui a 15 dias", anunciou o presidente da Assembleia Municipal do Porto.
"Havendo depois assuntos, temos de decidir se fazemos uma reunião extraordinária para tratar de assuntos que sejam de caráter urgente. Dia 16 faremos a [reunião] potestativa e havendo, na próxima semana [em reunião de Câmara], uma decisão do Executivo de algo que seja de caráter muito urgente, então temos de decidir juntamente com o apoio da Comissão de Apoio à Mesa, a marcação ou não de outra reunião", avisou os eleitos.
"O Porto não é um barril de pólvora"
Recorde-se que, na semana passada, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse que iria encomendar um estudo para perceber a perceção de insegurança sentida na cidade e que o seu movimento independente iria convocar uma Assembleia Municipal para discutir a segurança, nomeadamente a noite da cidade, o tráfico, o consumo de droga e o contingente policial.
Isto, depois de a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, que substituiu o ministro, José Luís Carneiro, numa audição da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, ter defendido, no que diz respeito ao tráfico de droga no Porto, ser necessário trabalhar com as autarquias e acabar com os bairros degradados que potenciam comportamentos desviantes. Isabel Oneto disse ainda ser também preciso "olhar com serenidade" para os dados sobre a segurança interna.
A audição foi pedida pelo grupo parlamentar do PSD para que fosse discutida a falta de capacidade operacional da PSP na cidade. Perante as observações feitas, a secretária de Estado disse mesmo que "o Porto não é um barril de pólvora".
Por sua vez, o presidente da Câmara do Porto, perante estas declarações, disse à Lusa que "há sempre uma tentativa de meter a cabeça na areia" e atribuir responsabilidades à autarquia. Acrescentou ainda que o debate em Assembleia Municipal será liderado por "pessoas que conhecem a cidade e não fazem comentários provocatórios sobre ela como alguns que ouvi".
Também a presidente da Junta de Ramalde, Patrícia Rapazote, disse ao JN ter vivido um episódio perturbador após estranhos terem entrado no edifício.