O Serviço Educativo da Casa da Música atingiu a maioridade, 18 anos, e inicia mais uma temporada com novidades (os 50 anos da democracia fazem parte da programação) e os projetos especiais de sempre (ensaios abertos, Orquestra Som da Rua, A Casa Vai a Casa, Coro Infantil).
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A abordagem é criativa e inclusiva. Sempre a centrifugar. Sempre a descascar para descobrir camadas. Pelo caminho ficam marcas em gente que vira a vida do avesso, sai da rua, vai estudar Música, organiza um coro, amplia horizontes a crianças. Histórias diferentes com um denominador comum. Aquele brilhozinho nos olhos.
Tudo mudou quando percebeu que podia juntar o que havia arrumado por gavetas. Tudo se alterou há 15 anos, quando entrou na quarta edição do Curso de Formação de Animadores Musicais do Serviço Educativo (SE) da Casa da Música (CdM). As ferramentas de criação colaborativa expostas e transmitidas ali, a inclusão de não músicos em performances de alto nível artístico, mostravam-lhe outros caminhos. Gil Teixeira não esquece esses tempos. "Espoletaram o maior momento eureka de todo o meu percurso até hoje", garante. "O Gil compositor, o Gil educador e o Gil performer já não tinham de estar arrumados em gavetas separadas. Passei a ser capaz de criar música nova, no momento, com quem estivesse diante de mim, independentemente da idade, capacidade ou nível de formação musical." E nada ficou como antes.