O presidente da Câmara da Maia afirma estar "indignado" e a ser alvo de "injustiça" por parte do Tribunal Central Administrativo do Norte que segunda-feira confirmou a perda de mandato do autarca no âmbito do processo em que é acusado de envolvimento no pagamento de dívida fiscal da TECMAIA pela autarquia.
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"Reajo com indignação porque acho que foi uma decisão errada e injusta, absurda e desproporcional", afirmou esta manhã ao JN Silva Tiago durante a inauguração da renovação das unidades gráfica e logística da Porto Editora, na Maia. O autarca recorda que, na altura dos factos, ainda não era presidente da câmara. Exercia o cargo de administrador naquela empresa municipal. "Era vogal não executivo e nunca ganhei um cêntimo de remuneração", explica, acrescentando que irá recorrer da decisão para o Supremo Tribunal Administrativo e para o Tribunal Constitucional.
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A Decisão do Tribunal Central Administrativo do Norte confirmou a decisão proferida em primeira instância, em abril, pelo Tribunal Fiscal do Porto. Em causa está um processo movido pelo partido Juntos Pelo Povo (JPP) que critica a assunção pela Autarquia de uma dívida de 1,4 milhões de euros da empresa municipal entretanto extinta, que o Fisco imputara ao presidente da câmara, Silva Tiago, ao seu antecessor Bragança Fernandes (entretanto ilibado em primeira instância), e ao vereador da Cultura, Mário Neves, enquanto administradores.