Região Demarcada do Douro tem elevados custos de produção. O preço a que os agricultores vendem compensa cada vez menos o trabalho.
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O Conselho Interprofissional do Instituto do Vinhos do Douro e Porto (IVDP) vai anunciar, na sexta-feira, o quantitativo de benefício para a vindima deste ano na Região Demarcada do Douro. Isto numa semana em que cerca de 30 personalidades reclamaram a adaptação aos tempos atuais do regulamento quase centenário aplicado à região, que possibilite melhorar o rendimento dos mais de 19 mil viticultores e evitar o abandono.
Os subscritores, entre os quais pessoas ligadas a grandes empresas de produção e comercialização de vinho, mas que assinaram a título individual, referem que, ao longo dos últimos 20 anos, se assistiu a uma "redução do volume das vendas de vinho do Porto". António Filipe precisou, ao JN, que, por esse motivo, "o negócio já não consegue suportar o facto de as uvas para vinho com a Denominação de Origem Controlada (DOC) Douro estarem a ser pagas abaixo do custo de produção". Por outro lado, exemplifica que "há 30 ou 40 anos não se ouvia falar dos vinhos DOC Douro e hoje são uma realidade absolutamente incontornável".