<p> <strong>Quais os primeiros passos a seguir no plano de reconstrução? </strong> </p> <p>A primeira coisa é limpar, remover os destroços e repor as condições de vazão das ribeiras porque ainda estamos na época de chuvas. É preciso criar uma equipa de emergência que defina os trabalhos de curto prazo e após esta fase "zero", é preciso identificar as obras de emergência. </p>
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Quais são?
Não conheço o caso específico, mas a avaliar pelas imagens e pelo efeito de aluimentos, as prioridades são as acessibilidades terrestres, as redes de águas, esgotos, electricidade e de transmissões, que não podem ficar à espera de grandes estudos.
Estamos a falar de que "timing"?
Estas obras de emergência nunca levam mais de três semanas. Há outras que deveriam ficar prontas antes do próximo Inverno - como a regularização das ribeiras, atravessamentos e pontões por onde passa a água - e que devem ser feitas com muita urgência entre a Primavera e o Verão. E há uma terceira etapa, mais demorada, de novos projectos: por exemplo, uma ponte que foi arrastada. É preciso construir outra e não estará, decerto, concluída no próximo Inverno. No conjunto das intervenções, creio que teremos obras nas zonas afectadas por este temporal nos próximos dois ou três anos, pois as empreitadas levam esse tempo a fazer e os estudos, projectos e levantamentos, de seis meses a um ano.
O ordenamento territorial poderá ser melhorado com as obras?
O problema do ordenamento é mais de fundo. É bom que se aproveite agora para não se repor tudo como estava, mas nestas ilhas de vertentes muito inclinadas é muito optimismo pensar que é possível resolver tudo e evitar novas calamidades.