A força do mar derrubou esta quinta-feira cerca das 20:00 o passadiço de acesso à praia de Ofir, em Esposende, nas imediações da Praça de Ofir junto à Torre C, no complexo de três torres de apartamentos onde mora uma dúzia de famílias em permanência.
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Pouco passava das 19:30 horas quando um estrondo assustou quem estava
Agora apenas sobra a plataforma da rampa, que também está na iminência de derrocada face à força das ondas do mar que esbarram no local
As autoridades, incluindo autarquia e Agência Portuguesa do Ambiente (APA), dizem que a situação "é grave e preocupante", mas que não coloca a sustentabilidade das Torres de Ofir.
Mesmo assim, a situação não afasta a população, que e tem dirigido ao local. "Apelamos à população para evitar este locais", disse Alexandre Simões, vice presidente da APA, que mantém ao longo da costa uma constante monitorização.
Esta tarde, Alexandre Simões afirmou que "não há um risco imediato" de ruína das torres de Ofir, mas sublinhou que o local será alvo de "uma intervenção de emergência" para proteger pessoas e bens.
Segundo Alexandre Simões, já foi feita uma análise preliminar" às torres", que permitiu concluir que as suas estruturas "são sólidas", porque têm "uma profundidade suficiente para assegurar a segurança" dos imóveis.
"Há ter de haver, certamente, uma intervenção de emergência, mas por aquilo que sabemos não há um risco imediato relativamente às estruturas propriamente ditas dos imóveis em questão", referiu.
Acrescentou que haverá uma "resposta imediata", para travar a "invasão do mar" que, está "a colocar em risco" a zona onde os prédios estão implantados".
Em causa estão três torres, com cerca de 200 apartamentos, dos quais apenas uma dúzia serve de habitação permanente.
Ao início da tarde, o vereador da proteção Civil na Câmara de Esposende, Maranhão Peixoto, alertou que o avanço do mar está a colocar "em sério risco" aquelas torres.
Maranhão Peixoto disse que as torres, cada uma com 13 andares, já têm a água a "um metro e meio, dois metros",
O mesmo responsável acrescentou que no fim de semana, por precaução, já foi vedado o acesso ao parque de estacionamento à superfície da torre mais a norte.
"Se o mar continuar a avançar com esta ferocidade, as torres correm sério risco", acrescentou.
A demolição daquelas torres já chegou a ser equacionada, na altura em que o ministro do Ambiente era José Sócrates, mas nunca avançou.
Hoje, o presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, admitiu que a demolição "não é uma prioridade", face à situação económica do país.