Trabalhadores da Inplas, empresa de injeção de termoplásticos pertencente ao Grupo Simoldes, localizada em Oliveira de Azeméis, iniciaram, esta terça-feira de manhã, um período de greve como forma de reivindicação de aumentos salarias e melhores condições laborais.
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A greve, que se prolonga até ao próximo dia 12 e afeta as duas primeiras horas de cada turno, surge após uma primeira paralisação dos trabalhadores ocorrida a 29 de maio e da qual não resultou acordo com a entidade patronal.
“Dado que a empresa não se disponibilizou para reunir com os representantes dos trabalhadores, estes, reunidos em plenários no dia 18 de junho, decidiram dar continuidade à sua luta”, explica, em comunicado, o Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Ambiente do Centro Norte.
“Temos pessoas com 20 e 30 anos na empresa que continuam a ganhar pouco mais do que o salário mínimo. Queremos que os aumentos acompanhem pelo menos os valores que têm sido atribuídos ao salário mínimo e não abaixo disso”, explicou, ao JN, Jorge Silva, funcionário da empresa há cerca de 15 anos.
O também delegado sindical acrescenta que há “pessoas com cargos especializados que também ganham pouco mais do que o salário mínimo”.
Para além do aumento de salários e do subsídio de alimentação, os trabalhadores dizem ser “credores de um melhor tratamento da parte dos superiores hierárquicos”; que é “necessária uma verdadeira negociação do caderno reivindicativo para 2024” e, “a urgente valorização da antiguidade dos trabalhadores”.
Jorge Silva afirma que a empresa “não dá qualquer resposta” às exigências, garantindo que os trabalhadores estão dispostos “a continuar a lutar se não houver negociação”. Ou seja, novas greves poderão ocorrer após o mês de agosto.
Contactada pelo JN, a empresa optou por não prestar qualquer informação sobre o assunto.