Um homem esteve retido ontem, cerca de três horas, num poço do Fojo das Pombas, na serra de Santa Justa, em Valongo, e teve de ser retirado pelos bombeiros. Estava com três amigos e o cabo de segurança começou a ceder.
Corpo do artigo
Luís Filipe Bastos não irá, por certo, esquecer o dia de ontem, que assinalava a passagem do seu 40.º aniversário. Estava com mais três amigos, entre os quais uma mulher, na zona conhecida por Fojo das Pombas, a explorar um dos poços que restaram da extracção de ouro, quando, cerca das 13.30 horas, tudo se complicou.
"Vimos para o Fojo há dois ou três anos. Aproveitamos os domingos de manhã para explorar os poços. Hoje [ontem] veio connosco uma amiga menos experimentada e, por isso, descemos primeiros a alguns poços mais simples. Ela disse que se sentia bem e decidimos ir um pouco mais fundo", contou, ao JN, Paulo Silva, um dos elementos do grupo.
A jovem, no entanto, não se terá sentido bem no poço (segundo os Bombeiros de Valongo, tem 90 metros de profundidade) e quis regressar. "A meio da subida, entrou em pânico e bloqueou. Tivemos de puxá-la, mas houve um problema com o cabo, que começou a romper. Por isso, é que ele teve de ficar lá em baixo, à espera da chegada dos bombeiros", referiu Paulo Silva.
De acordo com o comandante dos Voluntários de Valongo, João Santos, "estava a ser utilizado um cabo inadequado, que não aguentou o esforço". "Um dos homens teve de ficar num patamar, a cerca de 50 metros, de onde o resgatámos, cerca das 15 horas, em estado de hipotermia. Este caso deverá servir de alerta. Quando alguém pretender visitar os poços, deverá informar-nos previamente para ficarmos de sobreaviso ", rematou João Santos.