Tribunal de Contas dá visto a contrato para remoção de resíduos de S. Pedro da Cova
O Tribunal de Contas emitiu o visto que faltava ao contrato para a remoção das 88 mil toneladas de resíduos perigosos depositados em S. Pedro da Cova, freguesia de Gondomar.
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Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, revelou ter recebido informação por parte da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) de que o Tribunal de Contas (TdC) deu aval ao contrato assinado, em abril, entre esta entidade e a empresa Ecodeal e adiantou ter expectativa de que a operação poderá iniciar-se ainda este mês.
A partir desta quarta-feira, "a empresa responsável poderá começar todos os procedimentos inerentes à montagem de estaleiro e remoção dos resíduos. Este é um dia importante para Gondomar e para S. Pedro da Cova porque (...) começam a contar os prazos para a remoção das 88 mil toneladas se inicie", disse Marco Martins.
O contrato em causa - assinado em abril na presença do ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva - prevê um investimento de 13 milhões de euros e visa a retirada das 88 mil toneladas de resíduos industriais perigosos, depositados nas escombreiras das antigas minas de S. Pedro da Cova entre maio de 2001 e março de 2002.
"Estamos muito satisfeitos porque tínhamos interesse que os trabalhos começassem durante o verão. E agora estão reunidas todas as condições legais para que se possa avançar", continuou o presidente da Câmara de Gondomar.
O autarca recordou que o contrato assinado prevê que a operação dure "cerca de nove meses", mas sublinhou que "quanto mais for possível aproveitar de tempo de verão e de bom tempo para a remoção dos resíduos, quanto melhor", dada a "importância" e "prioridade" desta operação.
"A câmara de Gondomar terá toda a disponibilidade para aquilo que for o licenciamento e o que depender desta. Durante o tempo que mediou a assinatura de contrato e o visto do TdC, já fizemos reuniões preparatórias com a empresa, à qual a CCDR-N adjudicou os trabalhos de forma a agilizar o processo", concluiu Marco Martins.