Este ano, 60% da frota de transportes públicos de Braga fica a operar de forma não poluente. Empresa anuncia abate de 23 veículos com mais de 20 anos.
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A aquisição, por 15 milhões de euros, de 30 novos autocarros elétricos, que começam a operar no terceiro trimestre deste ano, fará com que 60% da frota dos TUB - Transportes Urbanos de Braga - fique a circular na cidade de forma não poluente.
"Temos já 38 veículos não poluentes e passamos, assim, a operar com 68. Como o número de autocarros que circula em horas de ponta é de 114, o número de viaturas poluentes diminui drasticamente", adiantou, ontem, em reunião da Câmara de Braga, o administrador da empresa municipal, Teotónio dos Santos.
Falando a propósito do Relatório de Contas de 2021, o gestor disse que serão abatidas , de imediato, 23 viaturas com mais de 20 anos, e revelou que, após a queda provocada pela pandemia, o número de passageiros transportados atingiu os 86% dos que o foram em 2019, tendo sido percorridos 6,1 milhões de quilómetros, 800 mil dos quais já totalmente em modo elétrico
Disse que, até ao final do ano, serão criadas novas linhas, uma delas a ligar a zona de Nogueiró, junto ao Hospital Privado, ao campus da Universidade do Minho, em Gualtar, passando pela variante de Lamaçães."Isto faz com que o utente deixe de ter de ir ao centro e mudar de autocarro, se quiser ir até à Universidade", frisou.
Gás e diesel
Revelou, ainda, que, além da compra dos 30 elétricos, arranca, após a Páscoa, uma obra de infraestruturas num terreno anexo ao das oficinas atuais, em Maximinos, cedido pela Agere, e que incluiu uma estação de fornecimento de gás, uma outra de diesel (300 mil euros de investimento) e um edifício para albergar equipamentos da Agere (as varredouras) e dos próprios TUB (1,3 milhões).
Na ocasião, a vereadora da CDU, Bárbara Barros, na oposição, defendeu a necessidade de alargamento da frota elétrica, bem como da criação de uma rede interfreguesias.
A ideia é evitar que, quem esteja numa localidade da zona rural do concelho, não tenha de ir ao centro da cidade e mudar de autocarro para conseguir chegar a uma freguesia vizinha.
Pedido votos a favor
O presidente da Câmara, Ricardo Rio, pediu aos partidos com representação municipal que votem favoravelmente as propostas da candidatura a Braga Capital Europeia da Cultura (CEC) 2027. "Os peritos que analisaram a nossa proposta, que passou à fase seguinte, apontaram como um dos pontos fracos, o facto de não ter havido unanimidade na aprovação da Estratégia Cultural da cidade para 2030.", disse, lembrando que o PS se absteve. O PS reagiu dizendo que votou a favor da candidatura da CEC e só não o fez na estratégia porque não participou na sua elaboração, nem foi convidado, o que foi desmentido pela gestora do projeto e do Theatro Circo, Cláudia Leite.