Um profissional de saúde do serviço de enfermaria de Obstetrícia, infetado com tuberculose, terá contactado, de forma direta, com pelo menos 160 recém-nascidos. Esta sexta-feira foram rastreadas 50 crianças.
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"Os pais foram contactados individualmente pela Unidade de Saúde Pública da ULS Viseu Dão Lafões e a observação clínica é realizada pelo Serviço de Pediatria do Hospital São Teotónio de Viseu", informa o Centro-Hospitalar Tondela-Viseu.
Esta sexta-feira foram rastreados 50 bebés identificados pela Saúde Pública como de alto risco. Trata-se de recém-nascidos, alguns prematuros, mas há, pelo menos, mais 110 bebés identificados através do inquérito epidemiológico.
Os pais dos bebés foram contactados na quarta-feira.
O contacto direto entre o profissional de saúde infetado com tuberculose e os recém-nascidos terá acontecido em novembro, mas só este mês se confirmou o diagnóstico da doença. Os sintomas terão sido semelhantes aos de uma gripe.
Os 50 bebés foram todos alvo de raio-x aos pulmões. O período de incubação da doença é de três meses.
A unidade hospitalar garante que estão a ser "aplicados os procedimentos de rastreio adequado às idades dos contactos" (...) "não havendo até à data nenhuma intercorrência a reportar".
Os pais estão assustados e a decisão de ser ou não administrada medicação aos bebés é de cada uma das famílias, já que tem efeitos secundários: náuseas, vómitos, diarreia e perda de apetite.
Os bebés terão de regressar à unidade hospitalar daqui a duas semanas, para a segunda fase de diagnóstico, onde vão ser sujeitos a análises ao sangue e a um teste cutâneo da tuberculina.
Quanto ao caso confirmado, o Hospital de Viseu adianta que está estável e a recuperar, em casa, com recurso a medicação.
O Hospital sublinha que "estão a ser desenvolvidos todos os procedimentos preventivos previstos nas normas e orientações da Direção-Geral da Saúde, aplicados em todos os casos" e que "todas as crianças expostas irão manter vigilância pelos serviços de saúde".