Turismo não receia impacto negativo do acidente em Lisboa mas pede causas apuradas rapidamente
O descarrilamento do elevador da Glória foi notícia em diversas partes do Mundo, mas os responsáveis pelo setor do turismo não receiam uma quebra no turismo da capital portuguesa. A presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa (ERT-RL) não acredita que o acidente cause uma redução na procura da capital. Carla Salsinha pede, no entanto, que as causas sejam apuradas de forma célere e transparente.
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"É lamentável. A cidade está em choque. Não há memória de um número tão elevado de mortes associadas ao turismo, mas não acredito que vá ter impacto. É um epifenómeno", defende ao JN Carla Salsinha. A presidente da ERT-RL assegura que não se registou, até ao momento, qualquer cancelamento nas viagens ou reservas.
"Lisboa continua a ser uma cidade segura em todos os moldes", alega, referindo que o trágico acidente em nada se compara, por exemplo, a uma situação de manifestações constantes como aconteceu em Paris. "Os turistas percebem os motivos, Terá sido uma falha humana ou material. Resoluvél", insiste. Carlsa Salsinha elogia a decisão do presidente da Câmara, Carlos Moedas, de suspender o funcionamentos dos restantes elevadores da capital, até que sejam apuradas causas, como forma de se garantir a tranquilidade.
"As diversas entidades estão a enfrentar a situação de forma totalmente transparente. Vamos aguardar. O que todos pedimos é que os resultados sejam céleres, transparentes e conclusivos", afirma Carla Salsinha.
Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), também não prevê um impacto negativo, imediato ou duradouro, no turismo de Lisboa.
"Naturalmente, trata-se de um acidente profundamentamente lamentável para as vítimas e respetivas famílias, sendo também uma notícia muito negativa para a cidade. Ainda assim, a experiência demonstra-nos que, quando se confirma estar perante um acidente isolado, o impacto na perceção externa é limitado. O mercado do turismo reage com rapidez, não guarda memória prolongada destes episódios e a atratividade de Lisboa mantém-se intacta. É uma situação triste, mas não terá impacto nos números globais da cidade", defende ao Pedro Costa Ferreira.
Já a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), através de comunicado, sublinhou que "é imperativo apurar com rigor as causas deste acidente".
"Apenas identificando o que falhou será possível implementar as correções necessárias e evitar que situações semelhantes se repitam, garantindo que Lisboa continua a ser um lugar seguro para quem a vive e visita", alerta a AHRESP.