Estudo da Católica de Braga propõe atração de estagiários das escolas ligadas ao setor do turismo.
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O património, os recursos naturais e o vinho são pontos fortes do Minho como destino turístico, mas para se afirmar no contexto nacional e internacional, a região precisa de mão de obra qualificada. Esta foi uma das conclusões de um estudo desenvolvido pela Universidade Católica de Braga que, ontem, foi palco de uma conferência internacional sobre a sustentabilidade do turismo na região. O evento termina hoje, no Bom Jesus.
Carla Pinto Cardoso, coordenadora do curso de Turismo da Católica de Braga, adiantou que "há carência de recursos humanos qualificados" e, dessa forma, o caminho pode passar por "criar um programa de atração de estagiários das escolas de turismo de todo o país". "As habilitações e a formação da nossa população têm que ser melhoradas. Esta região tem que ser bilingue", reforçou o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, António Cunha.
A docente apontou, ainda, entre outros exemplos, a necessidade "de envolvimento dos residentes no planeamento turístico", "maior oferta de transportes públicos ecológicos", mas também a urgência de mais investimento por parte das empresas. "Quase 40% admitiu que não investia em sustentabilidade, o que pode ser preocupante", alertou Carla Pinto Cardoso.
O Turismo do Porto e Norte de Portugal promete lançar, "em breve", uma "estratégia de turismo sustentável, que permitirá um alinhamento entre as práticas dos municípios e das empresas a diretivas internacionais", garantiu o presidente, Luís Pedro Martins.