"É como se fosse um aeroporto para autocarros", disse o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, sobre o Terminal Intermodal de Campanhã, que foi inaugurado na manhã desta quarta-feira e começou a funcionar ao início da tarde.
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Concebido pelo arquiteto Nuno Brandão Costa, é um novo marco da mobilidade sustentável, do conforto e da qualidade de viagem na cidade do Porto, acrescentou o autarca.
O terminal tem zonas para autocarros, táxis, bicicletas, uma área kiss & ride [para largar passageiros], um parque de estacionamento para veículos privados, uma ligação ao comboio e ao metro. Conta ainda com várias valências: salas de perdidos e achados, informação e bilheteira, loja de souvenirs, cafetaria, armazém de despacho, sala de espera, espaço para motoristas e balneários.
O novo equipamento em Campanhã servirá "os serviços internacionais, expresso e alguns interurbanos de médio curso", explicou Cristina Pimentel, presidente da STCP, empresa que irá fazer uma gestão do espaço. "Os destinos internacionais ou as viagens de média duração como Porto-Lisboa, Porto-Braga ou Porto-São João da Madeira serão operadas neste terminal", completou.
O terminal realizará até mil serviços diários, levando 120 mil passageiros para os seus destinos, num total de 43 milhões de viajantes por ano.
Rui Moreira acredita que não só os utilizadores de transportes públicos ficam a ganhar com a obra, mas também a população de Campanhã. "Não será apenas um terminal, será um gerador de emprego e negócio, com mais de 55 empregos de imediato, e também será parte de um novo parque urbano com cerca de cinco hectares, com mais de 1600 árvores plantadas e com uma ligação pedonal ao jardim da Quinta da Bonjóia", declarou o presidente da Câmara.
Passando a ser o término de várias linhas e serviços na cidade, o equipamento aliviará o centro urbano de veículos pesados de passageiros e respetivas emissões poluentes.
O investimento foi de 13,2 milhões de euros. Abrange cerca de 24 mil metros quadrados de área bruta e 4,6 hectares de área verde.