Hotelaria, restauração e comércio de bens não essenciais foram os setores económicos mais afetados. Nível de alerta mantém-se.
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Quase 30 mil sismos foram registados, desde 19 de março, em São Jorge, nos Açores. A maior parte das centenas de pessoas a quem o medo fez sair da ilha já voltou a casa. Com o passar do tempo, o comércio reabriu e as aulas já recomeçaram. Mas a normalidade ainda não regressou à hotelaria, à restauração e ao comércio de bens não essenciais. Hoje, faz um mês desde que teve início a crise sismovulcânica e, apesar da diminuição do número de sismos diários, o alerta vulcânico ainda se mantém no nível V4 (possibilidade de erupção).
Rita Madruga, presidente do Núcleo Empresarial de São Jorge, confirmou ao JN que "o turismo foi o setor mais afetado" e que, "em abril - que se esperava ser semelhante a uma época alta -, as reservas foram quase todas canceladas". "Para maio, os alojamentos que estão ligados a operadores turísticos também já viram as reservas canceladas. Mas as reservas diretas ainda se mantêm. Estamos a viver semana a semana", explicou a empresária, adiantando que, nos últimos dias, já há turistas a visitar a ilha.
Sem o impulso do turismo e com o quotidiano dos jorgenses alterado, também o setor da restauração sofreu quebras. E o mesmo aconteceu com o comércio de bens não essenciais. "As pessoas ainda estão a fazer uma vida de casa-trabalho, sem cabeça para coisas como ir comer fora ou comprar roupa, por exemplo", justificou Rita Madruga, que vê com agrado "todas as medidas que o Governo Regional possa implementar, como "vouchers" e apoios aos empresários".