Um autocarro dos Transportes Colectivos do Barreiro despistou-se à chegada ao terminal fluvial e abalroou quem se encontrava na paragem. Um morto, dois feridos graves e quatro ligeiros foi o resultado do acidente, que ocorreu, ontem, pouco depois das 18 horas.
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Em plena hora de ponta, junto ao terminal fluvial, era grande a confusão, depois de um autocarro da empresa municipal se ter despistado, galgado o passeio e atropelado alguns transeuntes. Três pessoas ficaram em estado grave, uma das quais – um homem de 50 anos – acabou por morrer a caminho do hospital, e quatro sofreram ferimentos ligeiros.
Segundo testemunhos ouvidos pelo JN, antes de se imobilizar, o veículo terá embatido num outro autocarro, que estava estacionado, e só depois terá galgado o passeio. Acabou por embater na estrutura superior do terminal fluvial, onde se imobilizou.
Ao local acorreram os Bombeiros Voluntários do Barreiro e a corporação Sul-Sueste, que encontraram um cenário de pânico e “diversas vítimas”, contou, ao JN, Rui Silva, adjunto de comando dos Voluntários. A vítima mais grave – que acabou por morrer – encontrava-se em paragem cardio-respiratória, tendo de imediato sido iniciadas manobras de reanimação. Os bombeiros pediram ao CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) o envio de uma VMER, mas obtiveram resposta negativa.
Além da vítima mortal, registaram-se dois feridos graves, um dos quais, uma mulher, permanecia internada ao início da noite com uma fractura numa perna.
Entre os feridos ligeiros encontravam-se o motorista do autocarro, que entrou em estado de choque, um passageiro (que sofreu escoriações na face) e uma mulher grávida, que estava na paragem.
No local, estiveram também o presidente da Câmara e cinco vereadores, para se inteirarem pessoalmente do sucedido. O motorista – com mais de nove anos de experiência – tinha iniciado o turno às 16 horas. Nem ele, nem o colega que foi render, se aperceberam de qualquer falha mecânica.
A maioria dos populares presentes no local não parecia ter dúvidas de que se tratou de uma falha nos travões. “Os autocarros são velhos”, comentava-se a viva voz.
O autocarro sinistrado tem 13 anos. Um dos autarcas presentes disse, ao JN, que “esta é a idade média das frotas deste tipo de empresas de exploração”. O veículo tinha sido inspeccionado pela última vez em Maio.