Das 11 vítimas da derrocada ocorrida, quarta-feira, no Caldeirão Verde, no concelho de Santana, que deram entrada no hospital do Funchal, três já tiveram alta e outras três são politraumatizados graves. Uma das vítimas sofreu uma amputação da mão.
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Na informação divulgada à noite, o Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) menciona que dos 11 feridos socorridos, três foram encaminhados diretamente daquela localidade na costa norte, onde aconteceu a derrocada que surpreendeu os caminhantes, para o hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
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As outras oito pessoas foram primeiro observadas no centro de saúde de Santana e só depois transferidas para a unidade hospitalar "para receberem uma resposta diferenciada", menciona a mesma nota.
O Sesaram menciona que das vítimas, seis são homens e cinco mulheres.
Quanto a nacionalidades, são cinco franceses, dois alemães, três portugueses e um de nacionalidade brasileira.
Das vítimas hospitalizadas, "três vítimas são politraumatizados graves", adiantando que "duas estão a ser acompanhadas na neurocirurgia/cuidados intensivos e uma foi alvo de uma cirurgia ortopédica, encontrando-se no bloco operatório" cerca das 22 horas.
No que diz respeito aos outros, oito foram considerados feridos ligeiros, sendo que três já tiveram alta e outros cinco estão em observação no Serviço de Urgência hospitalar, menciona.
O Serviço de Saúde da Madeira destaca que o hospital central do Funchal conseguiu dar "uma resposta diferenciada" aos feridos e está a "assegurar apoio psicológico e acompanhamento por tradutores e aos acompanhantes e familiares das vítimas".
"Neste momento, a linha disponível para prestar apoio às vítimas, familiares, embaixadas e consulados é a seguinte: 351 961186549", informa.
A situação dos feridos está também a ser acompanhada pelo Governo da Madeira, através da secretaria regional da Saúde e da Proteção Civil, do Turismo e do Ambiente.
O Serviço de Saúde da Madeira acrescenta que fará um novo ponto de situação na quinta-feira, pelas 10.30 horas na Sala de Conferências do Hospital Dr. Nélio Mendonça.
O acidente ocorreu às 13.57 horas, tendo a operação de salvamento envolvido 19 viaturas, um helicóptero e 70 operacionais de várias corporações de bombeiros e forças de segurança.
"Não tivemos nenhuma morte, nem ninguém soterrado", disse o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, que tutela o serviço regional da Proteção Civil e Bombeiros, na primeira conferência de imprensa sobre a ocorrência, às 19 horas.
O governante, médico de profissão, indicou que duas pessoas encontram-se em estado de "gravidade elevada", nomeadamente uma doente com a amputação de um membro superior e outra tem um traumatismo cranioencefálico, estando na Unidade de Cuidados Intensivos.
A derrocada ocorreu junto à lagoa do Caldeirão Verde, por onde passa uma levada que tem uma extensão de 6,5 quilómetros e um tempo médio de percurso de cinco horas e meia, sendo muito procurada por turistas.
A queda de pedras atingiu os caminhantes num momento em que estavam a descansar.
A levada do Caldeirão tem início e fim no Parque Florestal das Queimadas e oferece ao caminhante vistas da orografia do interior da ilha, a uma altitude de 990 metros. O trilho será encerrado para avaliação.
O secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, salientou, por seu lado, que a orografia da Madeira predispõe-se a acidentes desta natureza.