<p>A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo garantiu que a morte de um homem, no Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo, era "inevitável", mesmo que houvesse um médico de serviço no local.</p>
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Armando Cesário, de 58 anos, vítima de enfarte de miocárdio "fulminante", morreu segunda-feira de manhã naquele centro, onde não havia qualquer médico de serviço, porque faltou a clínica escalada para o Serviço de Atendimento Complementar (SAC), responsável por situações de urgência.
"Mesmo que houvesse um médico de serviço, não teria feito mais do que a enfermeira fez", ou seja, prestado os mesmos primeiros socorros e chamado uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), adiantou à Lusa o presidente do conselho de administração da ULSBA, Rui Sousa Santos.
"A capacidade de actuação de um médico naquelas circunstâncias era muito limitada", explicou o responsável, frisando que o homem foi vítima de um "enfarte de miocárdio fulminante" e "só a equipa do INEM", que chegou após a morte do utente, "podia ter feito mais".
Segundo o responsável, Armando Cesário deslocou-se ao Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo para marcar uma consulta e, quando estava ao balcão do centro de Saúde, "teve um enfarte de miocárdio" e uma enfermeira "prestou-lhe os primeiros socorros" e solicitou a presença de uma equipa do INEM. Apesar da pronta intervenção da enfermeira, "infelizmente, o utente viria a falecer antes da chegada da equipa" do INEM, explicou Rui Sousa Santos, referindo que a ULSBA "vai elaborar um inquérito mais aprofundado sobre o funcionamento do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo".