A Universidade do Minho vai passar a garantir apoio psicológico aos estudantes que sejam vítimas de violência e assédio sexual. O serviço surge após os relatos sobre exibicionismo e tentativas de violação no campus de Gualtar, em Braga.
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"Na sequência do acordo estabelecido com a Associação de Psicologia (APsi-UMinho), da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, a associação passará a prestar um serviço especializado de apoio a pessoas que na comunidade universitária sejam vítimas de violência, assegurando rapidez na resposta e sigilo absoluto, garantindo, ainda, o envolvimento de profissionais qualificados", escreve a academia num comunicado divulgado ao final da tarde desta quinta-feira.
Rui Vieira de Castro, reitor da instituição, acrescenta que os alunos passarão a ter, também, disponível um e-mail (crise-APsiUMinho@apsi.uminho.pt) para enviar denúncias de casos de violência no âmbito da comunidade universitária.
"Serão tratadas com o adequado rigor e sigilo, salvaguardando o anonimato de quem denuncia", assegura o responsável, que, assim, responde ao apelo de centenas de estudantes que, na última semana, se uniram num protesto a exigir medidas para proteger a comunidade dos casos de assédio e tentativas de violação dentro do campus de Gualtar, em Braga, e na residência universitária Carlos Lloyd.
"Face aos eventos recentes, ficou claro que os instrumentos de que a Instituição dispõe não se revelaram suficientes para prevenir e acorrer às situações identificadas. Tal facto veio reforçar a necessidade de uma maior e mais continuada atenção, uma ação mais vigilante e mais sistemática, preventiva e reativa face às situações de violência no contexto académico", sublinha Rui Vieira de Castro, no mesmo comunicado divulgado nas redes sociais da academia.