A Escola EB 2,3 José Anjos, em Carrazedo Montenegro, abriu um processo de inquérito para averiguar o fundamento de uma denúncia que recai sobre uma funcionária.
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A administrativa, entretanto transferida para uma escola em Valpaços, é acusada de ter usado um código de uma aluna para requerer um computador portátil no âmbito do programa do Governo e-escola.
A queixa terá partido de um encarregado de educação. Ao que tudo indica, a funcionária terá usado o nome de uma familiar para requerer o equipamento, que lhe saíra a custo zero. Isto porque a estudante em causa beneficia do escalão A, apoio escolar relacionado com condições financeiras das famílias. Além disso, por beneficiar desse apoio social, o computador tinha ainda outras condições especiais associadas: o acesso à Internet. Mensalmente, o utilizador do equipamento pagaria apenas cinco euros.
A funcionária terá sido descoberta quando a aluna decidiu fazer a requisição do computador e lhe terão sido dito que o equipamento já teria sido atribuído.
Além de denunciar a situação na escola, o encarregado de educação da estudante fez, também, uma queixa no posto local da GNR.
Entregou o computador
No entanto, ao que JN conseguiu apurar junto de fonte da guarda, algum tempo depois a queixa foi retirada, uma vez que a funcionária terá, entretanto, entregue o computador à aluna.
Porém, a funcionária em causa não se vai livrar do processo, uma vez que se trata de um crime público e, por isso, não necessita de queixa particular.
O presidente do Conselho Executivo da escola foi parco em explicações. Confirmou apenas a abertura do processo de inquérito. "Não posso adiantar mais nada", referiu aquele dirigente escolar.
Por sua vez, Gonçalo Rocha, da Direcção Regional de Educação do Norte, revelou que a escola já tinha comunicado a abertura do inquérito e que aquele está a seguir os "trâmites legais".
A mesma fonte garantiu, ainda, que a transferência da funcionária para uma escola de Valpaços nada tem a ver com o caso situação que é anterior à denúncia.
O programa e-escolas é uma iniciativa do Governo, e inserre-se no âmbito do Plano Tecnológico. O preço do equipamento é de 150 euros para os estudantes sem qualquer escalão de apoio em termos de acção social.